No
passado dia 16 de Janeiro 2018, faleceu aos 78 anos de idade numa clínica em
Barcelona, a popular cançonetista Madalena Iglésias.
Para
muitos considerada uma das mais belas vozes de sempre, representativas da
musica ligeira nacional, Madalena Iglésias de seu nome, Maria Lucília Iglésias
do Vale, veio a nascer acidentalmente em Lisboa, na Freguesia de Santa
Catarina, em 24 de Outubro de 1939, mas com 2 dias de idade regressou a
Cacilhas, onde seus pais viviam e eram donos de um restaurante no Cais do
Ginjal, e foi aqui que Madalena Iglésias, que todos tratavam por “Lucita” viveu
e brincou até aos 5 anos de idade.
Com
17 anos de idade, iniciou a sua carreira artística no Centro de Preparação de
Artistas, na ex-Emissora Nacional e em 1960 foi eleita Rainha da Rádio e da
Televisão.
Em
1966, foi a vencedora do Festival da Canção organizado pela RTP, interpretando
um dos maiores sucessos de sempre da música portuguesa: "Ele E Ela"
de Carlos Canelhas.
Ao
longo das décadas seguintes, participou em diversos festivais e fez múltiplas
exibições em vários países, sobretudo no continente Sul-Americano, vindo a
fixar-se na Venezuela, onde casou com um português e foi mãe de um casal de
filhos, tendo então quase que abandonado a carreira de cançonetista
profissional a partir do início da década de 1970.
Mais
tarde veio a radicar-se em Barcelona, não deixando de vir com frequência a
Lisboa, onde possuía uma casa e se encontrava com amigos de longa data, entre
eles, António Calvário, Artur Garcia e Simone de Oliveira, sua rival na vida
artística na época dos anos 60 e sua grande amiga na vida privada.
Em
2008 é publicada a sua fotobiografia "Meu nome é Madalena Iglésias",
de autoria de Maria de Lourdes de Carvalho.
O
Farol num artigo publicado no seu Boletim de Novembro de 2015, recorda-a nos
seus tempos de infância, como “Uma Rainha que brincou no Ginjal”.
Possuidora
de uma beleza singular e de uma voz ímpar, será sempre recordada por todos nós,
com amor e saudade e pela alegria das suas canções, das quais nos legou vasto
repertório para além de "Ele e Ela", e entre outras, "Silêncio Entre Nós", "Poema de Nós Dois", "Canção
para um poeta", "Canção Que Alguém Me Cantou", "É Você,
"Oração Na Neve" e "De Longe, Longe, Longe...", e muitas
mais.
Até
sempre Madalena!
Luis
Bayó Veiga
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