Havia guerra
Havia fome e loucura entre os homens
A terra vencida
Tocava notas falsas
Como um violino nas mãos de uma criança
E entre essa podridão
Uma erva daninha brotou
E por daninha que era
Cresceu
E deu flor
Sim deu flor
E o mal adoeceu
E os homens que faziam a guerra
Pararam para a não pisar
E os ricos - deram o seu dinheiro para a adubar
E os pobres as suas lágrimas para a regar
E a erva cresceu
E entrou em todos os corações
Trouxe paz
Trouxe fartura
Trouxe amor
E então todos se amaram
O inimigo ao amigo
O pobre ao rico
Nunca mais houve guerra
Todos tinham dentro de si
Aquela erva daninha
Que por daninha que era
E por ter nascido no meio das palhas
Foi respeitada
E amada
Este é o meu louco sonho
Do Nascimento do Salvador
Jorge Fialho / 96
23 de junho de 2021
SALVADOR - Poema de Jorge Fialho
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