Trago um cravo em isolamento
Que canta e sangra por dentro
Na pedra preciosa da memória
Gravo a letra de um pedaço de
história
O abraço fraterno
aguarda o momento,
a grade quebrada
abandonada ao vento,
a porta escancarada
tem de estar fechada,
a festa celebrada
a sós em casa.
O beijo simples e terno
uma imagem na mente,
a
beleza desalmada
escondida numa máscara,
a palavra desbocada
ao papel confinada.
Sinto hoje Abril
Como nunca senti.
Hoje vivo a revolução
Como nunca vivi.
Quando a liberdade
Nos pede confinamento
É um povo inteiro
Que luta por dentro.
António Boieiro
25042020
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