19 de março de 2012

Dia Mundial da Poesia

 
Como sabem, na próxima quarta-feira, dia 21 de Março, comemora-se o Dia Mundial da Poesia.

Almada também vai comemorar este dia da melhor maneira, com a 2ª edição da "Festa da Poesia de Almada", que se realiza mais uma vez no Salão de Festas da Incrível Almadense, a partir das 21 horas.
É uma organização conjunta da Incrível Almadense, da SCALA, de o Farol e dos Poetas Almadenses,

A Festa será iniciada com uma mistura de teatro e de poesia, a cargo do Cénico Incrível Almadense, depois haverá espaço para todos aqueles que quiserem dizerem poesia, ao jeito da "Poesia Vadia", que se realiza todos os meses na nossa cidade, há vários anos.

Convidamos todos os amantes da poesia (e também todos os outros, é uma boa oportunidade para aprenderem a gostar...), a participarem nesta Festa, na próxima quarta-feira.
 
 Ficamos à sua espera!

15 de março de 2012

Convite para inauguração de exposição de Francisco Bronze



Estimados amigos e amigas
No dia 17 deste mês, terá lugar na Casa da Cerca, em Almada, pelas 17h30, uma exposição do pintor Francisco Bronze, natural de Ferragudo (Algarve) mas há longos anos radicado em Almada.

Sendo esta uma oportunidade rara de ver parte da vastíssima obra do artista, resultado de trabalho criativo  persistente durante cinquenta anos de atividade artística, que não ganhou a merecida visibilidade publica, deixo-vos aqui o convite para participarem na inauguração da exposição.


Aproveito para divulgar o site onde poderão ver a obra completa do artista:
http://www.franciscobronze.net/fbindex.html
 

HOMENAGEM CÍVICA A JAIME FEIO

A homenagem ao senhor Jaime Feio na Comemoração do Centenário do seu nascimento decorreu dia 3 de Março de 2012 pelas 17h 30m em Cacilhas, terra donde era natural, no Centro Municipal de Turismo, antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, no coração desta terra, local ligado ao seu tio e tutor, o António Feio, grande impulsionador de causas cívicas, e o primeiro Comandante dos Bombeiros voluntários de Cacilhas.
O átrio do Centro do Turismo, estava completamente repleto de familiares, amigos e cacilhenses, que se associaram a esta homenagem.

No evento cuja apresentação esteve a cargo de Henrique Mota, intervieram sobre as diferentes facetas da personalidade e atividades do homenageado, os senhores Fernando Barão, Alexandre Flores, Louro Artur, Orlando Pereira, José Manuel Rebelo, o representante da Junta de Freguesia de Cacilhas, Reinaldo Marujo, o Vereador da Cultura António Matos, José Manuel Maia – presidente da Assembleia Municipal de Almada, Carlos Albano, Comandante Clemente Mitra, Presidente dos Bombeiros V. Cacilhas, Alexandre Castanheira e Jorge Gomes Fernandes.
Em representação da família falou José Carlos Almeida, esposo da senhora Maria Júlia Feio Almeida, filha de “ Jaime Feio”, que esteve presente na Mesa da sessão.
Encerrou a sessão a senhora Presidente da Câmara Municipal de Almada – Maria Emília Neto de Sousa.




 
O LEVANTAR DO NEVOEIRO

Era um pequeno lugar aprazível
à beira de um majestoso rio,
onde o sol vinha procurar esconder
o perpétuo e triste cinzento
com que um tenebroso tirano
abafava as tão ansiadas esperanças
de transferir para a graciosa terra
o vivo e brilhante azulado céu.

Era cinzento este marítimo lugar,
qual promontório apontado ao Tejo,
mas no mais denso e escuro nevoeiro
sempre luminosos raios de futuro
rasgavam de salvadores apelos
em regular ritmo de sibilação
o temeroso e desumano presente

Farol! Certo!...Era, ali estava um farol!
Mas ó deslumbrante e generosa natureza:
semelhantes benquistos raios verdes
cortavam em silêncio o acinzentado espaço.
Vindos dos irisados olhos das mulheres
e dos vigorosos punhos  erguidos
pelos tão saudados homens de amanhã

Era gente resistente às vis maldades,
ardentes edificadores inultrapassáveis
do bom que devia ser o dia seguinte.
Das suas mãos saíam úteis projectos
de uma existência diferente e sã,
dados a conhecer em forma de manifestos
compostos pela tipografia do Feio.
Eram esclarecedores apelos e cartazes
que afirmavam ser possível e urgente
gerar em Abril um mundo novo,
conscientemente ajardinado de cravos
nas armas de filhos do povo
Firmes, vigorosos, pacíficos homens novos
que a rejuvenescida Cacilhas merecia
e o país liberto viria a agradecer.

 Alexandre Castanheira

Almada, 3 de Março de 2012

14 de março de 2012

5 de março de 2012

"O teu relâmpago na minha paz", de Luís Miguel Raposo

Lançamento do livro "O teu relâmpago na minha paz", 
de Luís Miguel Raposo
dia 10 de Março, às 15h
Fórum Romeu Correia - Almada

«joão pedro gosta de todas as coisas arrumadas nas suas gavetas. de certo modo, o seu mundo é uma estante, com tudo organizado e composto, sempre à mão e identificável. como quando vamos ao supermercado e seleccionamos as compras de entre o sortido disponível e depois as arrumamos eficientemente nos lugares respectivos para quando são necessárias. diversas prateleiras onde joão pedro arruma o seu trabalho, os seus amigos, o seu relacionamento com a vera, onde se arruma a si próprio de acordo com o que recebeu dos pais. há uma certa paz na selecção de coisas que fez para limitar o mundo ao seu interesse nele, transformado-o na sua realidade, o encurtamento de uma realidade maior, onde se sente confortável e em segurança. amarrado às memórias antigas do pai, agora tão distante do homem que foi como do próprio filho, desde que a mulher morreu, joão pedro não encontra formas de reacender a relação com o pai, finalmente afastado de tudo e também do que dele próprio reside na memória de joão pedro. director de uma agência bancária, conhece um dia carla, a quem o banco recusara crédito para a compra de casa. nesse dia, joão pedro, decide, contra as regras vigentes, aprovar o crédito a carla, carla que veio a ser o arauto do seu destino renovado e o gatilho de todas as mudanças que veio a enfrentar. à medida que vai conhecendo carla, joão pedro toma conhecimento de uma realidade que não existia dentro dos muros que ergueu para limitar a sua própria realidade. a sua relação com a vera começa a definhar, a distância para o seu pai a aumentar, acendendo-se as divergências com os seus amigos e o seu trabalho. joão pedro vai conhecer o mundo de carla, um mundo que anteriormente não existia para ele, um mundo alternativo, onde imperam os ambientes góticos, a música de carla, ela própria vocalista de uma banda gótica, mas também o surf que carla adora fazer, as coisas e as estranhas pessoas que existem no mundo de carla e vai-se apaixonando por tudo isso, mesmo se nem sempre isento de percalços. no espaço de três semanas, nas quais todas as peripécias da sua vida adulta aconteceram, joão pedro destrói todas as suas percepções intelectuais para poder edificá-las de novo de acordo com o seu renovado interesse. mas, no caminho, vai tomando consciência que nunca poderá ter carla, nem recuperar o que perdeu para estar com carla, carla que é uma arma carregada que joão pedro disparou a si mesmo.»