Por Edmundo dos Santos F.
Família Santos
Dando sequência à breve história da família Santos, minha família, cuja história se confunde com a história de Cacilhas desde o século XIX, falarei agora de alguns trabalhos de pintura, arte a que minha mãe se dedicou como amadora. Ofereceu a amigos e parentes alguns dos seus trabalhos que hoje estarão, por certo, na mão de herdeiros dessas famílias.
Eram quadros a óleo, aguarela ou baixo-relevo, próprios da época em que muitas senhoras se dedicavam às chamadas «artes decorativas».
Desses trabalhos apenas possuo quatro peças.
Dois quadros a óleo, por si assinados, com motivos de natureza morta:
e dois baixos-relevos, sobre madeira, representando, respetivamente, uma ave pernalta e um mandarim:
A qualidade destes trabalhos indica que havia empenhamento e estudo prévio desta arte. Onde estarão outros? Minha mãe assinava os quadros apenas com o seu nome próprio: «Delmira». Se alguém tiver algum quadro da sua autoria muito gostaria de ver uma foto dele.
Para juntar a outras imagens da Cacilhas de antigamente que já publiquei, fica esta datada de 1900.
Rua Direita, atual Cândido dos Reis, (ed. de 1900 Imagem: Delcampe, Oliveira)
Ao fundo da fotografia o quartel dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas fundado em 1891 e atualmente Centro Municipal de Turismo, da Câmara Municipal de Almada.
Hoje ainda lá está, mas com atribuições reduzidas face à necessidade de novos estacionamentos para os enormes veículos modernos. Para isso, abriram instalações novas na Av. Aliança Povo MFA, em Cacilhas, em frente dos já encerrados estaleiros navais a Lisnave.
No lado direito da foto e da rua, em baixo, as portas da taberna e da mercearia do Morgado.
A taberna, que se situava na parte de cima da mercearia, albergava também uma pequena carvoaria, onde os habitantes se abasteciam para cozinharem, porque não havia gás.
Do lado esquerdo da foto e da rua estavam os armazéns do Zagalo, que funcionavam como grossistas, abastecedores do pequeno comércio.
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