14 de junho de 2009

Do poeta do Rio de Janeiro, e amigo de Cacilhas, Ricardo Muniz de Ruiz

FAROL

Farol
Luz para navegantes.
Navegantes...
Seres que ousam sair a ermo
em busca do desconhecido
Romper barreiras
Expandir limites.

Talvez para encontrarem-se
Quem sabe para perderem-se
Mas nunca pra ficar no mesmo lugar.

Farol
amigo dos navegantes
Sob o luar das estrelas
Sobre o luar das vagas.

Vagas Estrelas Solitárias
Que juntas colorem a noite

Estrelas...
É o lugar onde cada sereia esconde seu coração
Escondem-no dos homens.
Esses seres impertinentes
que por elas perdem suas vidas.

Mas eles não reclamam
Antes de partir
Navegam o dorso das sereisas
E nelas depositam seu sêmem
Onde as sereias nadam, saciam-se, alimentam-se.

E semeiam novos navegantes
Para prosseguir o destino de seus pais.
Será que essa semeadura
É a origem da semântica ?

E o Farol ?

O Farol é uma estrela terrena
Sabe-se lá onde esconde seu coração
Assiste a tudo impassível
Apenas mostra o caminho
Cada um que saiba onde quer chegar.
Cada um que saiba onde quer se perder.

Ricardo Muniz de Ruiz
Rio, 13 de junho de 2009
especialmente para o Farol de Cacilhas

2 comentários:

Lilian Rabello disse...

Navegar é preciso...
Viver é uma imprecisão!
O melhor de tudo,
é deixar fluir...
Luz na alma,
Lilian Rabello, RJ - Brasil.

Anónimo disse...

Belo Farol,
homenagem a todos os Faróis dos Oceanos!
Me fez lembrar do Ceará, do meu bisavô Domingos Olimpio,
E da canção , do Ednardo,
"Eu venho das dunas brancas,
Donde eu queria ficar!
Deitando os olhos cansados,
Por onde a brisa alcançar
Meu céu ;e pleno de Paz!
Sem chaminés ou fumaça!
No peito enganos mil,
Na Terra é pleno Abril!

(...)
A Praia do Futuro...
O Farol Velho e o Novo..
São os olhos do Mar(BIS)!!""
Benjamim