«UM CONVITE PARA UMA VIAGEM NUM ROTEIRO POSSÍVEL ATRAVÉS DO BILHETE POSTAL ANTIGO …
A pretexto de mais uma das habituais “Tertúlias do Dragão Vermelho” organizadas pela Scala, todas as primeiras quintas-feiras de cada mês, aceitei o convite da sua Direcção, para através do bilhete postal ilustrado antigo, poder contribuir na divulgação da história local, desta feita, sobre a temática “De Cacilhas ao Chiado, passeando pela Baixa”, através de um itinerário que ainda é possível percorrer nos dias de hoje, mas necessariamente imaginário porque a sucessão de imagens que iremos ver ao longo de cerca de 600 postais, reportam a um espaço temporal que medeia entre o ultimo quartel do séc. XIX e os anos 60 do séc. passado, mostrando-nos sítios e locais de vivências e tertúlias, hotéis, cafés e restaurantes, lojas, teatros e cinemas, hábitos, costumes e profissões, diversos meios de transportes, acontecimentos, celebrações e festas, mas também momentos de tragédia e consternação, retratando uma Lisboa, a um tempo romântica, enquanto oitocentista, e depois ao longo das primeiras décadas do séc. XX, liberal, modernista e intervencionista nos campos das artes e das letras, conduzindo-nos portanto nesta viagem ao passado, a uma certa Lisboa que já não existe mais nos dias de hoje, ficando apenas como testemunho desses tempos que marcaram uma época, alguns registos na forma de imagens fotográficas em postais ilustrados ou películas, e também em diversos livros de crónicas e memórias escritas por alguns escritores contemporâneos desses tempos idos.
Uma vez que iremos passear pela Baixa, com objectivo de chegar ao Chiado, parece oportuno que definamos aquilo que chamamos “Baixa”, como sendo toda a área plana a nível do rio Tejo, situada a sul pelo Terreiro do Paço, e a norte pela praça do Rossio, enquadrada a oriente pela colina do Castelo e a ocidente, pela colina onde se situa o sítio do Carmo.
Toda esta área, após o terramoto de 1755, foi reconstruída por ordem do Marquês de Pombal, com a edificação de novos quarteirões de prédios com arquitectura baptizada de pombalina, e dispostos em forma de quadrícula permitindo uma simetria recticulada de ruas principais e transversais no seu seio.
Já sobre o Chiado, para muitos ou pelo menos para alguns, existem diversas interpretações sobre o que afinal corresponde o Chiado sendo que para uns, o Chiado corresponde à rua Garrett, enquanto para outros, o Chiado é o sítio correspondente ao pequeno largo cimeiro à rua Garrett, denominado por Largo do Chiado, (por muitos também designado pelo Largo das duas Igrejas), em homenagem ao poeta António Ribeiro Chiado, no qual existe um pequeno monumento a ele dedicado.
Em boa verdade, o Chiado é mais do que uma rua, é mais do que um Largo.»
A pretexto de mais uma das habituais “Tertúlias do Dragão Vermelho” organizadas pela Scala, todas as primeiras quintas-feiras de cada mês, aceitei o convite da sua Direcção, para através do bilhete postal ilustrado antigo, poder contribuir na divulgação da história local, desta feita, sobre a temática “De Cacilhas ao Chiado, passeando pela Baixa”, através de um itinerário que ainda é possível percorrer nos dias de hoje, mas necessariamente imaginário porque a sucessão de imagens que iremos ver ao longo de cerca de 600 postais, reportam a um espaço temporal que medeia entre o ultimo quartel do séc. XIX e os anos 60 do séc. passado, mostrando-nos sítios e locais de vivências e tertúlias, hotéis, cafés e restaurantes, lojas, teatros e cinemas, hábitos, costumes e profissões, diversos meios de transportes, acontecimentos, celebrações e festas, mas também momentos de tragédia e consternação, retratando uma Lisboa, a um tempo romântica, enquanto oitocentista, e depois ao longo das primeiras décadas do séc. XX, liberal, modernista e intervencionista nos campos das artes e das letras, conduzindo-nos portanto nesta viagem ao passado, a uma certa Lisboa que já não existe mais nos dias de hoje, ficando apenas como testemunho desses tempos que marcaram uma época, alguns registos na forma de imagens fotográficas em postais ilustrados ou películas, e também em diversos livros de crónicas e memórias escritas por alguns escritores contemporâneos desses tempos idos.
Uma vez que iremos passear pela Baixa, com objectivo de chegar ao Chiado, parece oportuno que definamos aquilo que chamamos “Baixa”, como sendo toda a área plana a nível do rio Tejo, situada a sul pelo Terreiro do Paço, e a norte pela praça do Rossio, enquadrada a oriente pela colina do Castelo e a ocidente, pela colina onde se situa o sítio do Carmo.
Toda esta área, após o terramoto de 1755, foi reconstruída por ordem do Marquês de Pombal, com a edificação de novos quarteirões de prédios com arquitectura baptizada de pombalina, e dispostos em forma de quadrícula permitindo uma simetria recticulada de ruas principais e transversais no seu seio.
Já sobre o Chiado, para muitos ou pelo menos para alguns, existem diversas interpretações sobre o que afinal corresponde o Chiado sendo que para uns, o Chiado corresponde à rua Garrett, enquanto para outros, o Chiado é o sítio correspondente ao pequeno largo cimeiro à rua Garrett, denominado por Largo do Chiado, (por muitos também designado pelo Largo das duas Igrejas), em homenagem ao poeta António Ribeiro Chiado, no qual existe um pequeno monumento a ele dedicado.
Em boa verdade, o Chiado é mais do que uma rua, é mais do que um Largo.»
Assim começa Luís Bayó Veiga o nosso guia por esta maravilhosa viagem. Na próxima 5.ª feira venha ver imagens de outrora e ouvir falar um pouco de história local. Verá que vai gostar.
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