11 de julho de 2021

Cacilhas de minha Memória III

 Por Edmundo dos Santos F.

  Família Santos 

 Dando sequência à breve história da família Santos, minha família, cuja história se confunde com a história de Cacilhas desde o século XIX, falarei agora de alguns trabalhos de pintura, arte a que minha mãe se dedicou como amadora. Ofereceu a amigos e parentes alguns dos seus trabalhos que hoje estarão, por certo, na mão de herdeiros dessas famílias.

Eram quadros a óleo, aguarela ou baixo-relevo, próprios da época em que muitas senhoras se dedicavam às chamadas «artes decorativas».

Desses trabalhos apenas possuo quatro peças. 

Dois quadros a óleo, por si assinados, com motivos de natureza morta

 

e dois baixos-relevos, sobre madeira, representando, respetivamente, uma ave pernalta e um mandarim:


A qualidade destes trabalhos indica que havia empenhamento e estudo prévio desta arte. Onde estarão outros? Minha mãe assinava os quadros apenas com o seu nome próprio: «Delmira». Se alguém tiver algum quadro da sua autoria muito gostaria de ver uma foto dele.

Para juntar a outras imagens da Cacilhas de antigamente que já publiquei, fica esta datada de 1900.

Rua Direita, atual Cândido dos Reis, (ed. de 1900 Imagem: Delcampe, Oliveira)

Ao fundo da fotografia o quartel dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas fundado em 1891 e atualmente Centro Municipal de Turismo, da Câmara Municipal de Almada.

Hoje ainda lá está, mas com atribuições reduzidas face à necessidade de novos estacionamentos para os enormes veículos modernos. Para isso, abriram instalações novas na Av. Aliança Povo MFA, em Cacilhas, em frente dos já encerrados estaleiros navais a Lisnave.

No lado direito da foto e da rua, em baixo, as portas da taberna e da mercearia do Morgado.

A taberna, que se situava na parte de cima da mercearia, albergava também uma pequena carvoaria, onde os habitantes se abasteciam para cozinharem, porque não havia gás.

Do lado esquerdo da foto e da rua estavam os armazéns do Zagalo, que funcionavam como grossistas, abastecedores do pequeno comércio. 

Sem comentários: