26 de maio de 2012

O património, a história local e a educação

Realizou-se nos dias 19 e 20 de maio, o Encontro sobre Património de Almada e Seixal, organizado pelo CAA-Centro de Arqueologia de Almada, no âmbito das comemorações do seu 40º aniversário. Ao longo das várias sessões, foram apresentados estudos acerca do património arqueológico, religioso, imaterial e a história local de diferentes freguesias dos concelhos de Almada e do Seixal.

As temáticas abordadas foram:
- «Grutas de S. Paulo: O IV e III milénios em Almada», Luís Barros;
- «Al-madan no contexto da ocupação islâmica da Margem Sul», Maria Inês Raimundo e Vanessa Dias;
- «Três sítios e quintas históricas entre Corroios e Amora», Rui Mendes;
- «Pelos caminhos do Cruzeiro de Vale de Rosal», Vitor Manuel Reis;
- «Trafaria, a história da formação de uma identidade», Carlos Barradas Leal;
- «Breve história da Costa da Caparica», Francisco Silva;
- «Memórias da Caparica pela pena de Bulhão Pato», Rui Caetano;
- «Património naval do Seixal», Elisabete Curtinhal (Ecomuseu Municipal do Seixal);
- «A indústria vinícola em Cacilhas nos séculos XIX e XX», Luís Milheiro;
- «Os espaços e as sociabilidades das classes trabalhadoras entre 1890 e 1930: os casos de estudo na margem sul do Tejo», Joana Dias;
- «Memórias do cinema em Almada», Ângela Luzia e Margarida Nunes (Museu da Cidade de Almada);
- «Educação patrimonial em Almada – O papel do CAA em Almada», Elisabete Gonçalves.

Em relação ao levantamento histórico da freguesia de Cacilhas, apontamos a comunicação de Luís Milheiro que procurou efetuar uma abordagem da importância económica e social da indústria vinícola durante os séculos XIX e XX, a partir do estudo de elementos documentais referentes aos armazéns de vinhos situados no Ginjal, referindo igualmente a sua decadência e encerramento.

Estando patente a preocupação com a educação social pelo património, este tipo de iniciativas levadas a cabo pelo CAA, constitui um reforço da divulgação do empenho de vários investigadores no campo da história local e do património, em conjunto com as diversas atividades realizadas no decurso do ano por esta instituição, sempre com o objetivo do alcance do conhecimento necessário e obrigatório para a preservação do património – a aprendizagem geradora de uma consciência de salvaguarda do património cultural, necessária ao exercício pleno de uma cidadania, e como construção essencial na estruturação de uma memória coletiva.

Os estudos divulgados constituem importante recurso para o estudo da história da comunidade almadense, vindo certamente ao encontro do trabalho desenvolvido pela nossa Associação.

Maria da Conceição Toscano

 



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